sábado, 25 de fevereiro de 2012

É para isto que vai o dinheiro dos impostos de quem trabalha

As pessoas que me conhecem sabem que dos defeitos que  ser humano pode ter, os que mais odeio são a falta de educação e a falta de civismo. Na minha profissão isso é um grande problema pois lido com publico.
Um dia desta semana, assisti a uma cena, que, como eu mesma disse à colega protagonista, se fosse comigo tinha-me saltado a tampa, e não sei bem o que faria, mas deveria ser algo não muito aconselhável na profissão que tenho.
Uma cliente entra com o seu filho de 22 anos e diz: o meu filho esteve fora e quando chegou tinha isto no correio.
Mostra então um vale do rendimento mínimo fora de prazo.
Enquanto a minha colega explicava o que tinha de ser feito para revalidar esse vale, a criança entretinha-se  a gozar com a minha colega imitando uma mulher histérica que gritava "ai meu deus" e "ai jesus" cada vez que explicava algo.A minha colega entregou o impresso necessário para o efeito, ao qual a mãe pegou para preencher. Logo a minha colega disse: o dono do vale não sabe escrever?
Então a mãe do rapaz entregou-lhe o papel para ele escrever.
Escusado será de dizer, que o dito anormal (me desculpem mas não tenho outra palavra para descrever esta criatura) continuou a gozar mais uma meia hora enquanto preenchia o impresso muito lentamente, respondendo quando a minha colega lhe pediu para preencher noutro lado enquanto ela atendia outra pessoa: não saio , e você tem de estar aqui caladinha, e não me pode dizer nada, senão faço uma reclamaçãozinha.
A cena era tal, que os clientes que eu ia atendendo, incrédulos,  olhavam para mim e faziam caretas e sinais corporais querendo perguntar o que se estava a passar ao lado.
A mãe que começou por por falar com calma, e dizer-lhe: vá lá cala-te, a sra não está a dizer nada....por fim já estava a perder a paciência e a dizer: cala-te e escreve, a srs não te pode mandar calar, mas eu posso.

A minha tampa estava quase a saltar para lhe dizer: :faz favor de se calar e respeitar quem
trabalha para lhe pagar para ter oportunidade de não fazer nada e ser insolente.


Os comentários de quem assistiu a toda a cena (clientes e nós duas) era: uns que ele não podia ser bom da cabeça, e por isso é que estava a receber aquele subsidio (que nem vos vou dizer de quanto era). Outros, tal como eu, somos de opinião que aquilo foi pura e simplesmente falta de educação, pois o vocabulário que tinha notava-se que não era deficiente mental (seja ele qual for o grau da deficiência).

Se calhar são muitos espetalhaços destes que o nosso governo necessita, muitos mais que aqueles que trabalham para ouvir desaforos destes, de que recebe e não produz, mas tem esperteza suficiente para conseguir viver assim.

Sem comentários:

Enviar um comentário